Desequilíbrios globais: inflação cá, recessão acolá?

Um bom ex-aluno de MBA pediu minha ajuda para entender a conjuntura econômica global... é "conversa pra mais de hora", mas segue abaixo minhas respostas a dúvidas específicas que ele colocou:

1) Com as grandes economias ainda crescendo pouco e com desafios com as taxas de emprego no mundo, como poderia a inflação ser pressionada para cima?

A pressão que a demanda da China exerce sobre os mercados de matérias primas e commodities (petróleo, inclusive) é muito forte, provocando pressão sobre os preços gerais, via elevação de custos...em alguns mercados, como no Brasil, há combinação de crescimento das demandas interna e externa. A oferta interna de produtos DERIVADOS das matérias primas sofre uma contração... no nosso diagrama demanda e oferta, temos a demanda se deslocando MUITO para a direita, enquanto a oferta se desloca apenas um pouco para a esquerda... no novo equilíbrio, temos preços elevados e quantidades totais negociadas expandidas. Em outros países, com demandas internas e externas mais fracas, apenas o choque negativo de oferta se faz ver... gerando alta de preços e recessão.

2) Existe o aumento dos preços das commodities - alimentos e infra-estrutura - em função de uma forte demanda mundial, ainda muito dependente da China. Mas será que depois de fortes retrações, Crise Fiscal na Europa e Financeira nos USA, este aumento da demanda por commodities é suficientemente elevado para justificar tamanha preocupação com a Inflação?

Não se esqueça que também há perspectivas de forte demanda por commodities para os próximos 10 anos! Com isso e com a baixíssima taxa de juros que vigora na europa e eua, comprar derivativos (futuros) de commodities é a bolha do momento. O fato é que enquanto as economias desenvolvidas patinam, seus bancos centrais praticam políticas monetárias expansivas (taxas de juros baixíssimas)... ouro, moedas de emergentes e commodities são o refúgio para a busca de rentabilidade mais alta, pressionando para cima seus valores.

3) No caso dos emergentes, é compreensível a pressão inflacionária devido às fortes taxas de crescimento nos diferentes países - China, India e Brasil. Enfim, num primeiro momento, me parece antagônico o aumento da pressão inflacionária num mundo que estava aterrorizado com a crise financeira mundial e fiscal na Europa há 6 meses atrás.

O paradoxo está mesmo nos desequilíbrios globais: seguimos dividindo o mundo em duas partes – uma que poupa demais (exportações maiores que importações pelo sudeste asiático e pelos exportadores de petróleo são acúmulos de direito a comprar no futuro, ou seja, poupança) e acumula divisas estrangeiras para evitar a natural valorização de suas moedas; outra parte que gasta demais (balança comercial negativa e déficits fiscais elevados), tentando sair da recessão.

Para desarmar a bomba, poupadores têm que gastar mais no exterior e permitir a valorização de suas moedas (o que estimularia exportações européias e americanas), gastadores teriam que conter ou reduzir seus déficits na balança comercial (seja com expansão das exportações ou com contenção – cuidadosa, para não virar guerra comercial – de suas importações. O problema é que, politicamente, culpa-se quem está tentando limpar a bagunça... não quem a armou. Há quanto tempo você não escuta falar do “gênio” Greenspan? E do George Bush? Das lideranças chinesas, pouco se pode esperar: o regime se sustenta na ponta da baioneta e na prosperidade semi-capitalista. Pagamos hoje uma conta muito alta por termos crescido bastante e de maneira desequilibrada entre 2002 e 2008. Na agenda, ainda temos desalavancagem, imigração, aquecimento global e governança global... desafios para os próximos 40 anos.

Você é contra o salário mínimo a R$ 580?

Bom, eu sou. Os melhores argumentos para se entender o porquê desta opinião tão facilmente criticável foram reunidos pelo Mansueto Almeida, leitura que sugiro a todos (clique aqui!).
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Ambiente Macro (Ibmec, dez/2010)

Conforme combinado, seguem abaixo links para os exercícios de revisão na disciplina Ambiente Macroeconômico. Note que os links se tornarão ativos gradualmente, para que os amigos tentem resolver os exercícios antes de conferirem as repostas submetidas pelo professor.
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1a. Lista de Exercícios (disponível desde 10/12)
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Respostas para 1a. Lista (disponível em 13/12)
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2a. Lista de Exercícios (disponível em 15/12)
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Respostas para 2a. Lista (disponível em 15/01)
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Abraços a todos!

Prova Final de Economia Política

As notas da 3a. V.A. já estão no SIGA. Seis alunos ficaram para prova final. A última avaliação ocorrerá no dia 14/12, 18:30 hs.

Montadora de Auto em PE

Segundo vêm noticiando diversos veículos de imprensa, o Presidente Lula e o Governador Campos estão guardando, a sete chaves, o "segredo" sobre anúncio de montadora de automóveis a se instalar em Pernambuco. Clique aqui para ler matéria. O detalhe interessante é que outros Estados do Nordeste ainda estariam na disputa, segundo boatos.

Revista Negócios PE

O jornalista Drayton Nejaim está à frente de um belíssimo projeto, a Revista Negócios PE. A publicação é quase toda produzida na forma de Estudos de Casos, constituindo material interessantíssimo para o enriquecimento das (minhas) aulas de economia com elementos regionais. Para conferir, clique AQUI.

Notas de 2a. V.A.

Caros alunos, as notas da 2a. V.A. de Economia 1 estarão no SIGA logo mais, à noite (01/12). Já as notas da 2a. V.A. de Economia Política, serão lançadas na sexta-feira, dia 03/12.
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LEMBRO A TODOS DE COMPARECEREM À COORDENAÇÃO, NA SEXTA-FEIRA 03/12, PARA VOTAREM NO NOSSO NOVO COORDENADOR (À TARDE OU À NOITE).
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Abraços, Luiz Maia.

Economia 1: vídeo-aulas e resolução de exerc.

É isso aí, final de semestre e... um monte de vídeos para auxiliar os alunos na preparação para as provas que se aproximam. Abraços e bons estudos para todos!
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Vídeos sobre a Teoria da Firma:
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Parte 1 ..................... Parte 2
Parte 3 ..................... Parte 4
Parte 5
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Abaixo, a segunda lista de exercícios (para vocês tentarem resolver primeiro) e, em seguida, os vídeos com as soluções:
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Lista de exercícios 2, clique aqui
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Parte A ..................... Parte B
Parte C ..................... Parte D
Parte E ..................... Parte F
Parte G
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Economia Política: Superávit Primário Ameaçado

Prezados alunos, conforme combinado, proponho a análise cuidadosa de dois documentos, cujos links seguem abaixo. O primeiro é um texto do economista Mansueto Almeida, do IPEA, explicando o recurso utilizado pelo Governo Federal para antecipar receitas do Pré-Sal e não aplicá-los - como se dizia - para mudar a saúde ou a educação no Brasil; os valores foram contabilizados como receita primária e, desta forma, direcionados ao pagamento de gastos correntes. São "apenas" R$ 39 bilhões!
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Link para o texto do Mansueto Almeida, AQUI
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O segundo é um vídeo de entrevista com o Ministro Mantega, justificando que teria apenas cumprido a lei, que o obriga a registrar tais receitas como receitas primárias.
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Link para a entrevista do Ministro Mantega, AQUI
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Discutiremos essa questão em sala, no dia 04/11/10, mas coloque-se desde já as perguntas: por que capitalizar a Petrobrás com apenas parte dos recursos a que tinha direito o ESTADO brasileiro na cessão de petróleo? Os interesses do Estado e do Governo lhe parecem estar alinhados, nessa questão?

Economia 1: Videos Teoria do Consumidor

Caros estudantes, conforme combinado, seguem abaixo links para os vídeos que vocês deverão assistir antes da quinta-feira, dia 04/11:
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Parte 1 .................... Parte 2
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Parte 3 ................... Parte 4
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