Eficiência do gasto público (1)

Há alguns dias atrás, recebemos na nossa Universidade o Prof. José Carlos de Assis (BNDES), que proferiu excelente palestra acerca da crise financeira internacional. A discussão foi rica em polêmicas e me parece uma boa hora para retomarmos uma delas: a qualidade e a eficiência do gasto público no Brasil. O Professor expressou opinião de que o gasto público não era tão elevado e sua ineficiência seria uma calúnia, continuamente difundida pela imprensa.

Trago hoje, para reflexão, dois trechos de minha leitura do Diário de Pernambuco (17/05/09):

"Prevenir, que nada. Depois de liberar, há três semanas, R$ 300 milhões para remediar o flagelo das vítimas de enchentes e da estiagem, o Executivo cancelou R$ 136 milhões destinados a obras preventivas de desastres no orçamento da Secretaria Nacional de Defesa Civil. O corte foi feito por um decreto de 11 de maio, que remanejou parte dos recursos para o custeio da máquina no Ministério da Integração Nacional." Da coluna Brasília DF, de Denise Rothenburg e Guilherme Queiroz.

"O governo Lula está batendo recordes de investimento em propaganda. De acordo com o próprio governo, a administração federal gastou, entre 2003 e 2008, R$ 6,3 bilhões com publicidade. R$ 3,8 bilhões foram para a TV e R$ 743 milhões para jornal". Da coluna Diário Econômico, de Aldo Paes Barreto.

Os números revelam enorme contraste: Mais de R$ 1 bilhão anual em publicidade, corte de gastos R$ 130 milhões em prevenção de catástrofes - em benefício de sustentação da máquina -, e gastos com emergências insuficientes. Quem se habilita a defender essa alocação de recursos? Ou será que os números são falsos, frutos da imaginação de repórteres parciais e de má-fe?

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