Beijing sinaliza: diversificação de reservas internacionais

Há alguns meses, em conversa informal com amigos economistas, propus que países emergentes como o Brasil - cujos Bancos Centrais têm sido forçados a comprar enormes somas de dólares para evitar contínuas apreciações das suas moedas nacionais - adotassem estratégias menos conservadoras de gestão das reservas internacionais. O ponto central do meu argumento: ultrapassado um determinado nível, o acúmulo de ativos de baixíssimo risco, como os títulos do tesouro americano, não traria benefícios. Reforçava ainda esse argumento com a idéia de que era possível diversificar e ampliar a rentabilidade da "carteira", sem que isso implicasse dano à imagem de solvência do país.

Não houve o que fizesse meus amigos mudarem de idéia: com reservas internacionais não se brinca! Pois bem, segundo o Financial Times de hoje, as autoridades chinesas começam a sinalizar que a gestão de seu US$ 1 trilhão de dólares de reservas internacionais pode ser mais... interessante!